Mãe na quarentena
Minha filhas elas capricharam para o post.
Sabe aquele tempo que eu achei que teria pra mim? Aquelas dicas do que fazer na quarentena, Beleza, filmes, séries, livros, estudos,… Até agora não encontrei, deve estar escondido na bagunça delas.
Quem tem criança em casa tem uma realidade muito diferente de quem não tem. Sem me preocupar com julgamentos, vou contar sobre mim, sobre a minha realidade, quem sabe outra mãe pode se sentir mais confortável por não estar dando conta também.
Aprendi que as professoras são pessoas evoluídas e com uma carga de paciência reforçada. Precisei me reinventar não só como pessoa, mas como cozinheira (essas crianças comem o tempo todo!), professora da educação infantil e Fundamental 1, me reinventei como contadora de histórias (sério, é mais de 1 livro INFANTIL, por dia), como recreadora compreensiva de que tudo pode virar brinquedo ou brincadeira, inclusive lavar roupas (algumas vezes ajudam, outra atrapalham, mas depois fica tudo bem)
Aprendi que como mãe e profissional liberal, o trabalho diminui, mas a preocupação com cada paciente não, pelo contrario.
Descobri que havia escondido no meu “eu interior”, uma carga extra de paciência que eu nem sabia que tinha, mas ainda sim tem limite e não é muito elástico.
Descobri que se eu aceitar a realidade do momento, fica mais leve!
Tenho certeza de que comprei pouco vinho pra essa quarentena!
Estou cansada de ler sobre o que fazer ou deixar fazer nessa pandemia nas redes sociais, não tenho saco pra “live” – sério, de ninguém!
E essa é a minha realidade, e eu sei que outras mães que estão fazendo “home office” com carga horária normal, e outras tantas que precisam ir pro trabalho normalmente, a realidade é ainda mais desgastante.
O saldo? Acho que só saberemos ano que vem.